segunda-feira, 11 de março de 2013

Fevereiro Setembro

Foram-se os planos carregados pelo vento
Ficaram as vontades e saudade
circundadas por ressentimentos

São culpas pedindo desculpas
São dores que não se curam
São sentimentos pairando no tempo.

O silêncio parece castigo
A aproximação parece perigo
A distância é sacrifício
O amor indefinido

E então as lembranças invadem os pensamentos
Ainda que relutante seja a ideia de não recordar
E as rosas sobre a mesa
Exalam o cheiro de um passado mais que presente
E um futuro incerto de se pensar.

E todo amor  persiste, ainda existe
É parte de uma história
É sentimento machucado e repleto de memória

Um punhado de medo remexendo por dentro
Porque sabe que mesmo matando essa dor
Novamente ela vai chegar
Vai  levar embora pedaços de um coração
Vai  abrir a mesma ferida que quer cicatrizar

Mas eles esperam a cura
Esperam pelo tempo
Ou nem sabem o que se deve esperar
Mas setembro chega
E leva de novo os planos dos que ainda querem amar.

Marina G. de Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo texto Nina! Você é uma mente brilhante na arte da escrita, continue aproveitando e não deixa isso se perder!
Ainda quero te ver fazendo teatro e tendo muito sucesso! :D
Beijos Anandinha