Sinto-me como um livro aberto que depois da leitura o
leitor arranca as páginas ferozmente, cuspindo palavras num tom satírico e
maldoso.
Me pergunto como é possível tanto amor fazer você se machucar várias vezes...
Fazer você ouvir o que não devia e falar o que não queria. Doloroso é saber que
em meio a suas confidências, quando você se faz de livro e ele de leitor, o seu
confidente não consegue respeitar limites, alguns sentimentos ou medos seus. Quando
você acha que era completo e descobre que existe tanto ainda para percorrer até
que essas duas metades realmente se encaixem...
Quando se ama, é preciso encarar os desafios que esse amor encontra, respeitar
espaços, fazer mais por você, ser feliz por você e então fazer feliz o outro.
Mas chega uma hora que é preciso até fechar um pouco o livro e deixar que o seu
confidente faça descobertas sozinho e que consiga te enxergar com os olhos dele
e não os seus, só assim ele saberá como mensurar seus limites, conhecer seus
sentimentos e aceitar seus medos.
Marina G.de Andrade
Marina G.de Andrade
Um comentário:
Perfeito esse seu pensamento! Exatamente o que eu precisava ler!
Bjs Ananda
Postar um comentário