domingo, 16 de setembro de 2012

Tropeços

Sinto-me como um livro aberto que depois da leitura o leitor arranca as páginas ferozmente, cuspindo palavras num tom satírico e maldoso.
Me pergunto como é possível tanto amor fazer você se machucar várias vezes... Fazer você ouvir o que não devia e falar o que não queria. Doloroso é saber que em meio a suas confidências, quando você se faz de livro e ele de leitor, o seu confidente não consegue respeitar limites, alguns sentimentos ou medos seus. Quando você acha que era completo e descobre que existe tanto ainda para percorrer até que essas duas metades realmente se encaixem...
Quando se ama, é preciso encarar os desafios que esse amor encontra, respeitar espaços, fazer mais por você, ser feliz por você e então fazer feliz o outro. Mas chega uma hora que é preciso até fechar um pouco o livro e deixar que o seu confidente faça descobertas sozinho e que consiga te enxergar com os olhos dele e não os seus, só assim ele saberá como mensurar seus limites, conhecer seus sentimentos e aceitar seus medos.

Marina G.de Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito esse seu pensamento! Exatamente o que eu precisava ler!
Bjs Ananda