Um pouco de amor!

Penso no amor, assim como penso na arte. O que é o amor, senão a manifestação da arte mais bela da vida? Por vezes é tão difícil classificar o amor... Uns  dizem que é um friozinho no estômago quando encontra aquele alguém, é o tremer das pernas, a visão embaçada, as mãos suadas, o coração palpitando forte demais que até parece que vai sair pela boca...
Pode ser aquela "raiva" repentina sem nem ter uma explicação ou então aquele sentimento profundo , como um olhar que atravessa o corpo e enxerga a alma. Avassalador, que consome os sentidos, confuso, que deixa noites em claro, mudo, que rouba a voz...
Mas somente os verdadeiros amantes é que sabem que amar pode doer, assim como pode curar a dor, como também se morre e nem sempre é ruim morrer de amor.
O amor está na saudade, que distancia os corações, está nas poesias e nas canções, está nas fotografias que eternizam o tempo, nos beijos singelos, doces, sufocantes, apaixonantes, nos abraços confortantes, protetores, fraternos, está no choro da despedida ou no sorriso aberto do reenconto.
E o amor vaga por aí , pega a gente de supresa mesmo que não queira, envolve mesmo quando se tanta fugir, surpreende até quem acha que está preparado, é intenso pra quem se entrega.
Amar é deixar que se complete a parte que falta em cada um, já que não existe um coração que nasça inteiro, é além de tudo manter respeito, é compartilhar inclusive dos defeitos.
Amar é ter uma sintonia que nem Freud explica, é entender o outro mesmo quando nada se diz, é sorrir sem um porquê, é se achar e se perder, se perder de novo e se reencontrar!

E na verdade eu fico na tentativa e eu nem mesmo sei dizer o que é o amor, só sei que sei amar.

Por: Marina G. de Andrade