Laços Humanos.

Por: Marina G. de Andrade

O coração hoje é quem escreve e obedecem os meus dedos de acordo com o  pulsar acelerado que me retoma ao passado. Costumam dizer que eu visito muito o velho, o antigo, perdoem-me, mas nestas circunstâncias é mais que necessário,   é altamente especial.

Eu não gosto de despedidas, não gosto de separações  e muito menos da distância, mas respeito e aceito quando estas são por motivos " nobres". Escrevo porque nas palavras eu quero eternizar cada instante curioso de uma palavra: Amizade.
Ao lado de pessoas incríveis eu aprendi, aproveitei e obtive valores que hoje constituem minha personalidade e ideais. Construí sólidos e fieis laços de cumplicidade que carregarei comigo aonde quer que eu vá. Levo detalhes, jeitos, rostos, piadas, sorrisos, abraços, palavras, momentos, carrego Amigos!
São eles que numa tarde entediante de domingo com livros e livros espalhados pela mesa, distraem as horas cansativas de estudos para arrancar risadas, são os que me abraçam com a alma e que eu não tenho a mínima vontade de soltar meus braços, são os que me conhecem de verdade , sabendo até mesmo quando tento inutilmente esconder minha angustia, tristeza, raiva ou aflição, mesmo que por telefone.  Os que compartilham comigo as duras aulas de espanhol ou geografia, retomando aquele papo que não pode ser concluído no curtíssimo recreio, os que estão comigo desde pequena e sabem todos os meus pitís, defeitos, pontos fracos. Ou aqueles que são incrivelmente batedores de resenhas, atentados e "super-sinceros". Amigos que fazem meus favores quando tenho ataques de sedentarismo como pegar para mim a borracha no chão situada a 40 cm da minha cadeira, os que me hipnotizam com os almoços fabulosos capazes de me arrancar da minha casa a pé para ir ao outro lado da cidade. Amigos que passam minutos e horas ao telefone fofocando, repassando aquele assunto infeliz que não conseguimos aprender ou apenas jogar conversa fora. São aqueles que se reunem para assistir um bom ou péssimo filme acompanhado de muitas palhaçadas e algumas lágrimas que escorrem dos olhos dos mais "sensíveis".

Se por um acaso as lembranças falharem quando por obra do destino os nossos caminhos se separarem, eu independente disso guardarei todos os momentos , pois a minha memória jamais os apagarão.

Aos meus amigos, os melhores!